O céu de todos os invernos
Cobre em meu ser todo o verão
Vai pras profundas dos infernos
E deixa em paz meu coração
Por ti meu pensamento é triste
Meu sentimento anda estrangeiro
a tua idéia em mim insiste
como uma falta de dinheiro
Bem sei, bem sei, a dor de corno...
Mas não fui eu quem lho chamei
Amar-te causa-me transtorno
Lá que transtorno é que não sei.
Ridículo? É claro. E todos?
Mas a consciência de o ser
fi-la bastante clara deitando-a a rodos
em quatro quadras de oito sílabas.
Esse inverno dentro do verão me lembrou este poema que uso pra ensinar sotaque português...