
DO OURO ALQUÍMICO
Ouro Preto Oculta
ruas e casas de pedra
testemunhas do meu amor
madrugadas frias
que me encontraram nua
ou melhor _ vestida de neblina
e flagraram meus lábios
beijando cabelos de ouro
minha língua falando outras línguas
Ouro Preto imutável
cenário de meu amor eterno
de minhas barrocas paixões
seculares, como suas igrejas
onde sou Marília
chorando seu homem que se foi
das cachoeiras com meninos-anjos
lembrando Diadorim:
"carece de não ter medo"!
Ouro Preto musical
onde canta minh´alma
em algum tempo antigo perdida
_e na mágica do tempo congelada _
_ e re-encontrada
nas minas de ouro
do Amor Alquímico.